'Homem velho que fica vestindo de mulher': Vídeo mostra ataque a mulher trans em banheiro de academia
Mulher denuncia transfobia em academia em Contagem.
Uma jovem trans, de 22 anos, registrou um boletim de ocorrência após relatar ter sido vítima de transfobia dentro de uma unidade da academia Pratique, no bairro Água Branca, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil abriu investigação sobre o caso que ocorreu na noite da última terça-feira (11).
No vídeo acima, gravado pela vítima Ayla Vitória da Silva durante a discussão, ela e uma outra mulher, dentro do banheiro da academia, discutem sobre a presença de uma pessoa trans no local. A suspeita de transfobia critica o fato do filho dela, uma criança de 7 anos, não poder entrar no banheiro feminino por ser do sexo masculino. E em seguida, a mulher diz:
“Uma criança não pode entrar no banheiro feminino, mas ‘traveco’, homem velho que se veste de mulher, pode entrar no banheiro de mulher”, diz a suspeita no vídeo.
Após a discussão, a vítima comunicou o fato à equipe da academia, que informou que levaria o caso à gerência.
O g1 conversou com Ayla Vitória. Ela informou que iniciou o processo de transição aos 18 anos e com o apoio da família. Disse que, em casa, houve acolhimento e entendimento diante da condição humana dela.
Ayla explicou que há três anos frequenta a academia, assim como outras mulheres trans, e ainda não tinha presenciado uma situação como esta.
"Eu nunca fui desrespeitada dessa maneira na minha vida. Eu não me calei e decidi me impor. Eu não vou aceitar essa barbárie. Eu já estou em contato com uma advogada e vou entrar com um processo contra ela", explicou Ayla Vitória.
O g1 tenta contato com a defesa da suspeita.
O que diz a Pratique
Em nota, a academia Pratique informou que identificou a aluna envolvida no fato e abriu um procedimento interno de apuração.
Informou também que a vítima recebeu toda a atenção necessária após o problema. A empresa disse que vai adotar as medidas administrativas cabíveis diante de qualquer violação às normas internas de convivência.
Reforçou que repudia toda forma de discriminação, seja praticada por colaboradores ou clientes, contra qualquer pessoa que frequente as unidades. Respeita a diversidade e a garantia de um ambiente seguro para todos.
Mulher denuncia transfobia em academia de Contagem.
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