Morre Carmen Dora Brandão, da Sorveteria Bicota, em Uberlândia
18/09/2025
(Foto: Reprodução) Carmen Dora Brandão morreu aos 83 anos
Divulgação
Proprietária da mais tradicional sorveteria de Uberlândia, a Bicota, Carmen Dora Brandão morreu aos 83 anos nesta quinta-feira (18). A causa da morte não foi informada.
Dona Carmen atuou no comércio com sorvetes artesanais, feitos com frutas sem conservantes. Entre eles está o mais famoso da Bicota, o sabor de coco queimado, sucesso há anos.
✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp
O velório de Carmen ocorre a partir das 18h30 desta quinta-feira até 10h de sexta-feira (19) na Funerária Ângelo Cunha, localizada na Avenida Getúlio Vargas, 2.052.
O sepultamento será na sexta a partir de 10h30, no Cemitério São Pedro.
LEIA TAMBÉM:
Onda de calor eleva temperaturas a até 38°C
Após mais de 70 dias, mãe reencontra filhos que sumiram com o pai
Síndica avisou sobre vazamento de gás 45 minutos antes de explosão
A sorveteria que fez praça 'trocar' de nome
Praça Rui Barbosa (praça da Bicota) em 16-10-1998.
Arquivo Público de Uberlândia/Divulgação
Se perguntar para um morador de Uberlândia onde a Praça Rui Barbosa fica, provavelmente, muitos não saberão. No entanto, se a pergunta for como chegar à Praça da Bicota, a maioria responderá quase que instantaneamente.
Sorveteira mais antiga da cidade, com quase 50 anos de história, a Bicota ficou tão famosa que fez a praça "trocar" de nome. E contando histórias por décadas, tinha na dona Carmen Dora Brandão o segredo do sabor mais tradicional do comércio: o sorvete de coco queimado.
Tudo começou em 1977, a partir da influência de uma prima de Carmen. “Minha prima abriu uma sorveteria em Bonito (MS) e veio nos visitar. Então decidimos abrir uma aqui também. Depois, ficou para eu e meu irmão cuidarmos”, lembrou.
“Isso na minha terra tinha aquele negócio mandar beijo, mandava a bicota, então virou a sorveteria da bicota, por causa disso”, explicou Carmen
Quem cuidava da sorveteria junto com Carmen era o irmão Afonso Maria Brandão, que faleceu durante a pandemia. A perda foi difícil para a sorveteira, que mesmo assim seguiu no comércio.
Mantendo as tradições e traços acolhedores, a sorveteria também buscou, em família, a expansão. E apesar da ampliação, o sorvete não perdeu qualidade e seguiu passando pelo crivo rigoroso de Dona Carmen. A produção seguiu concentrada na sorveteria da praça.
“A gente tem que manter nosso gosto e nosso padrão, para sempre agradar os clientes”, finalizou.
Afonso e Carmen, recebendo comenda na Câmara Municipal de Uberlândia
Carmen Dora Brandão/Arquivo Pessoal
ASSISTA TAMBÉM: Calor aquece vendas de sorvetes, mas empresários se preocupam com matéria-prima
Comércio de Uberlândia registra alta na venda de bebidas e sorvetes
VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas