STJ adia julgamento que pode reabrir processo contra ex-presidente da Vale por rompimento de barragem

  • 16/09/2025
(Foto: Reprodução)
Fábio Schvartsman Marcelo Camargo/Agência Brasil O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou o julgamento do recurso do Ministério Público Federal (MPF) que busca reabrir a ação penal contra Fábio Schvartsman, ex-presidente da Vale. A sessão para analisar o caso começou na tarde desta terça-feira (16), mas foi suspensa após um dos ministros pedir mais tempo para avaliar o processo. O executivo foi denunciado por homicídio qualificado e crimes ambientais relacionados ao rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro de 2019. A tragédia deixou 272 mortos. O recurso do MPF contesta uma decisão do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), que, em março de 2024, concedeu habeas corpus e suspendeu a ação penal contra Schvartsman, por entender que não havia indícios suficientes da participação dele nos crimes investigados (saiba mais abaixo). O que está em jogo no julgamento O julgamento do recurso na 6ª Turma do STJ, sob relatoria do ministro Sebastião Reis Júnior, começou a ser realizado em sessão presencial em Brasília (DF), nesta terça-feira (16). O Ministério Público Federal e advogado do ex-presidente da Vale fizeram sustentações orais. O relator do caso chegou a votar para conceder em parte a solicitação do MPF, mas um pedido de vista do ministro Rogério Schietti adiou a análise do caso.  Quando o recurso voltar a ser julgado, há duas possibilidades: Se o STJ acatar o recurso do MPF, a decisão do TRF-6 será anulada e a ação penal contra o ex-presidente da Vale voltará a tramitar na Justiça Federal. Com isso, o processo seguirá para julgamento pelo Tribunal do Júri, responsável por decidir sobre culpa ou inocência do réu. Caso contrário, permanece válido o habeas corpus e Schvartsman ficará livre da acusação antes mesmo de enfrentar o júri. Argumentos do MPF O MPF sustenta que o TRF-6 ultrapassou sua competência ao avaliar de forma aprofundada as provas durante o julgamento do habeas corpus. Para o órgão, essa análise caberia apenas ao juiz natural do caso e, posteriormente, ao Tribunal do Júri — e não deveria ser feita na análise da concessão de um habeas corpus. Segundo a acusação, havia indícios suficientes para manter Schvartsman como réu, como já havia sido decidido em primeira instância. O MPF pede que a ação seja retomada para que as provas sejam analisadas em plenário pelo Júri. Linha do tempo do processo 2019 – Rompimento da barragem em Brumadinho causa 272 mortes; 2020 – Justiça mineira aceita a denúncia e torna Schvartsman e outros 15 acusados réus, além das empresas Vale S.A. e Tüv Süd; 2023 – Caso é remetido para a Justiça Federal, e o MPF mantém as acusações; Março de 2024 – TRF6 concede habeas corpus e suspende a ação penal contra Schvartsman; Abril de 2024 – Presidência do TRF6 admite recurso do MPF para revisão da decisão; Setembro de 2025 – STJ inicia julgamento do recurso. O que dizem os envolvidos O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) divulgou nota em que cobra responsabilização criminal e reparação integral às vítimas e comunidades afetadas. O grupo afirma que acompanhará o julgamento e pede celeridade ao Judiciário. A defesa de Schvartsman foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou até a última atualização desta publicação. Ação contra ex-presidente da Vale é suspensa pela Justiça Vídeos mais assistidos do g1 MG

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/09/16/stj-recurso-brumadinho-ex-presidente-da-vale-fabio-schvartsman.ghtml


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